Especialista explica o que fazer para eliminar bactérias e fluídos bucais das cerdas e qual a melhor forma de armazenar a escova de dente.
A maioria das mães sabe que é preciso ter muitos cuidados com a saúde bucal de seus filhos desde os primeiros meses. O que elas não sabem é que tão importante quanto cuidar do sorriso dos pequeninos é cuidar da higienização da escova de dente. Mas será que apenas lavá-la na torneira basta para deixá-la livre de bactérias?
“As orientações atualizadas dos principais órgãos de saúde internacional são que as escovas sejam lavadas em água corrente após cada escovação, batidas na pia para que o excesso de água seja removido e depois, lavadas novamente em água corrente antes de ser reutilizada”, diz especialista.
Além disso, os próprios cremes dentais já possuem em sua fórmula agentes antimicrobianos que agem indiretamente na limpeza das escovas de dente. Ou seja, mesmo a boca tendo milhões de microrganismos que ficam presos nas cerdas quando escovamos os dentes, essas duas práticas simples já são consideradas suficientes para manter a escova dos pequeninos (e dos adultos também) livres de problemas.
Para deixar o processo ainda mais perfeito, não é recomendado secar a escova em tolhas de banho ou rosto, pois as cerdas, que acabaram de serem lavadas, podem ser contaminadas novamente com outras bactérias presentes nas toalhas.
Desinfecção
No entanto, há estudos ainda sem comprovação científica, que sugerem a existência de algumas bactérias mais resistentes que podem ficar impregnadas nas cerdas não sendo eliminadas apenas com água corrente.
Nesses casos, enxaguantes bucais a base de clorexidina a 0,12% são recomendados como auxiliadores na desinfecção das escovas. “Mães mais cautelosas com a saúde bucal de seus filhos podem colocar esse produto em frascos em forma de spray e borrifar nas cerdas e na cabeça da escova uma vez ao dia após a escovação noturna, embora essa prática seja mais um cuidado extra do que algo realmente necessário”, diz profissional.
Nunca coloque todas as escovas da casa de molho em um copo com o enxaguante, pois isso pode causar uma contaminação cruzada que é a troca de bactérias de uma escova para a outra.
Armazenamento
Outra dica bacana é não deixar a escova do seu filho guardada em cima da pia. “Esse é o local mais contaminado de uma casa. Pesquisas comprovam a presença de coliformes fecais alojados em escovas em função das descargas e da proximidade com o vaso sanitário. O melhor é guardar a escova desinfetada na posição vertical no armário do banheiro”, diz especialista.
As escovas de dente não devem ser armazenadas em potes com tampas ou terem suas cerdas fechadas em caixinhas sem furos. “A umidade dentro desses ambientes fechados aumenta a proliferação de microrganismos. O melhor a fazer é deixa-la secar sozinha em ambientes um pouco mais arejados”, diz especialista.
Outros cuidados
Há ainda outros cuidados que devemos ter com as escovas.
– Trocar as escovas a cada três meses. Com o passar do tempo, as cerdas se tornam desgastadas e abertas e o seu poder de limpeza diminui. “No caso das crianças, as mães devem ficar de olho, pois esse período de troca pode ser reduzido uma vez que os pequenos têm mania de morder as cerdas o que faz com que elas se desgastem mais rapidamente”, diz profissional.
– Não deixar os pequenos compartilharem a escova com os amiguinhos. Como já falamos, a boca tem milhares de bactérias e assim, seu filho ficará exposto às bactérias e fluidos de outra criança.
– Não tentar desinfetar as escovas com outros produtos mais fortes do que os citados acima e nem inventar de usar máquinas de lavar louça, micro-ondas ou coisas parecidas. “Acreditem se quiser, mas há mães que fazem isso. E mal sabem elas que essa prática pode comprometer a qualidade das cerdas e a saúde bucal dos filhos”, conclui especialista.
Fonte: Terra Saúde