Os dentes do siso estão entre os grandes temores dos pacientes em uma cadeira de dentista. Além do temor pelo surgimento deles na sua arcada dentária, os dentes do siso nada mais são do que os terceiros molares — e últimos dentes — de cada lado da arcada. São os últimos dentes a nascer, normalmente entre os 16 e 20 anos de idade. Por esse motivo em particular, eles são popularmente conhecidos como os “dentes do juízo”.

De acordo com o profissional, “na idade em que eles normalmente aparecem, todos os outros dentes já estão acomodados na boca e, assim, não há espaço suficiente para eles. Os dentes do siso podem procurar outros espaços para se acomodar, por exemplo, no interior da gengiva”, explica o especialista.

O que poucas pessoas sabem é que os dentes do siso tinham como função primordial, até um tempo atrás, de manter uma mastigação mais eficiente. Isso porque eles eram mais necessários porque os dentes permanentes, que nasciam a partir dos 6 anos, eram perdidos muito cedo pela ação de placas bacterianas e cáries, comenta o doutor. Hoje em dia, sua função original foi perdida, pois a perda precoce dos dentes é rara — e muito disso se deve aos múltiplos avanços da área.

Há muitos malefícios mitológicos, porém o doutor ressalta algumas verdades cruciais:
– Algumas pessoas nascem sem os sisos ou só com alguns deles
– Sisos atrapalham o alinhamento de outros dentes
– A extração pode causar perda de sensibilidade na língua e queixo
– Não é preciso esperar os dentes nascerem para extraí-los
– Dentes do siso podem conter células-tronco, mas nem sempre
– O siso é um dente mais difícil de extrair do que os outros

O ideal é retirar os dentes entre os 16 e 18 anos, pois é nessa idade que a raiz ainda está com ⅔ de sua totalidade formada, o que facilita o processo de sua extração. É necessário realizar a cirurgia com um bom dentista, pois qualquer erro na região dos dentes do siso pode atingir alguns nervos responsáveis pela sensibilidade. Apesar de não causar paralisia, esse contato involuntário pode remover a sensibilidade das regiões da língua e também do queixo e pode ser difícil reverter esses danos.

O especialista conclui, que “por se localizar num local difícil de manipular, a cirurgia é mais complexa do que as outras, pois pode nascer inclinado ou na horizontal, dificultando a remoção. Entretanto, hoje em dia, com os avanços da odontologia, existem técnicas de extração que facilitam mesmo nesses casos e promovem cirurgias tranquilas”, finaliza ele.

 

Fonte: Bonde

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